Os Estertores da vida humana
Os
dias estão estranhos, sol com céu cinzento, calor desértico seguido de frio
vindo do nada, tempestades arrasadoras e secas destruidoras... Tudo quase ao
mesmo tempo.
Pessoas desconfiadas umas com as
outras formando uma maioria de gente capaz de atitudes mesquinhas pensando ser
a única alternativa para sobreviver por essas plagas no século das incertezas.
Os acontecimentos se tornam bizarros a
cada momento, e tanto as multidões que se chocam quanto as anestesiadas e as
maldosas correm de um lado para outro como baratas atravessando um galinheiro,
todas vítimas dos próprios fantasmas, assombrados pelas próprias crenças.
A natureza parece sombria nesses dias
de movimentos incoerentes, modificando comportamentos sem que a sociedade
pareça perceber. Fala-se em manipulação, mas ninguém sabe quem manipula a quem.
Nessa situação de estar em uma rampa
descendo ladeira abaixo, todos escorregam tentando se agarrar como podem, mas
nenhum escapa de se lambuzar na lama das más criações, saindo contundidos em
diversos níveis por causa das próprias convicções.
Levando em conta esses aspectos, e
ouvindo radicais, alucinados e fanáticos, em maior ou menor escala, a análise
isenta conclui uma enorme dúvida, imparcial: estaríamos vivendo, em escala
sutil, os estertores da vida humana no mundo?
Marcelo Gomes Melo
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