“Vagar, como as ondas do mar”
Os olhos dela acabaram comigo.
Olhar de coragem, olhar de apego
Marejados.
O queixo dela, erguido orgulhosamente
Me dizia para ir
Enquanto o corpo, o olhar...
Acabaram comigo.
Esfarraparam o meu coração de gelo.
Algo que eu julgava não ser vitimado jamais
Agora, aqui, sob essa imensidão de estrelas
Minha prisão
Ela não me permite morrer
Então vou vagar
Como as ondas do mar
Até acabar...
Os olhos dela me desestabilizaram.
Não posso deixar de sorrir
É irritante o quanto ela está inserida em mim
Como uma agulha em um viciado
Arame farpado em um cercado...
Tudo suave como veludo e seda
Jamais saberei se é término ou recomeço
Reconheço.
Marcelo
Gomes Melo
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