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                    Solidão de nosferatu...”





Não tenho beijos que não sejam intermináveis, sorrisos que não acelerem corações, impaciência que não seja infinita, inquietude que não seja causada pela ausência de pensamentos quentes ou desejos que não sejam plenamente renováveis.

          Não defina estados de consciência, pois estes são instáveis. Não há controle. E não havendo controle são inúmeras as possibilidades...

          Não pode me definir pelos meus olhos em chamas no meio da noite, nem por meu jeito distante do pós-almoço gelado; pode apenas fazer o que as mulheres fazem: duvidar; e as mulheres duvidam de si mesmas, mesmo que sobre a terra e sob os céus nada exista que não se derive delas, de seus suspiros e julgamentos ruins...

          Ninguém limita contatos quando o pensamento domina, e através dos pensamentos tudo é possível, interminável e misterioso. Todas as vezes que tento segurar as rédeas de minhas tentações sou atirado com força contra a parede do óbvio e recebo de volta reprimendas, por tentar ser mais realista que o rei.



         Nunca será tarde nos fins de tarde, mãos dadas, palavras jamais faladas. São sulcos, preenchidos por parcelas de nós, sem lucros, sem perdas ou ganhos; tudo misturado.

          Nada se perde nas trincheiras da alma, nos escafandros do amor que sufoca e apreende, nem nos ardores sob aparência calma do amor que arrebata. Apenas não me queime com seus lábios e me atire no abismo! Haverá consequências.

          Jamais observo São Paulo na névoa sem senti-la em meus ossos. Eletricidade que desliza em meus músculos e propicia prazer inevitável! E, quando me afasto da janela e me  pego ao café, você não está lá. Estou só, com perfume e calor entre os lábios, com a dureza dos resistentes e a suavidade dos resilientes, em torno da mesa, sem ninguém. Sem alguém.

          E então, em algum momento, no caminho entre a porta e o elevador, quando toca o celular e sua foto sorrindo sai do bolso sob a jaqueta e sobre o meu coração, me dou conta da verdade mais lúcida que a ausência de febre: jamais estarei só em meus dias nublados. Eu carrego você comigo!

         
              Canção incidental: “Nosferatu”, Leoni/Heróis da Resistência.
 
 
                                               
                                               Marcelo Gomes Melo

Um comentário:

  1. Te enviei um convite no diHITT. Seguindo teu Blog! Um abraço!
    http://www.luceliamuniz.blogspot.com.br/

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