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Não há santos, não há inocentes



          Os limites impostos pelas pessoas serão suficientes para manter o seu espaço livre ou chegarão ao ponto de interromper o alcance real das suas conquistas?
        O quanto é queda ininterrupta rumo ao infinito ou evolução pura e simples em velocidade constante e irresponsável?
         Os danos causados em cada um os terão como responsáveis ou atirarão a culpa sem nenhum pesar nas costas de terceiros, do universo ou do supremo? Supremo Ser Divino, não a suprema corte brasileira, diga-se; porque aí ninguém aguentaria!
          Uns vendem a ideia de que a falta de responsabilidade rende belas e grandes emoções, e instigam seguidores a realiza-las, sem mencionar o fato importante de que alguém sempre pagará a conta. Resta saber se vale a pena viver carregando a culpa pelas consequências desses atos egocêntricos para sempre.
      Outros vendem ideias contrárias, em que uma vida frugal, contida, suprimindo prazeres em nome de um futuro desconhecido. Guardar para utilizar em um momento chave no qual todos os outros estejam por baixo soa bastante sádico e cruel, mas desaparecer sem poder desfrutar do que guardou parece ainda mais estúpido.
          Não há santos. Não há inocentes. As inúmeras prateleiras estão recheadas com diversos e diferente pecados e culpas, hipocrisia inclusive.
          Vive-se tempos sombrios e confusos, em que grupos tentam subverter a ordem a qualquer preço, destruindo por completo o mundo como o conhecemos, eugenizando os ultrapassados para dar lugar a novos dogmas, novos seres em um novo e sombrio planeta.
          O início do fim já passou. Estamos no meio de um fim confuso e aterrador.


 

Marcelo Gomes Melo

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