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Amores que entardecem



        As pessoas se conhecem, se amam, entardecem e anoitecem como qualquer debênture da natureza. Como as flores. Durante a existência exalam um perfume peculiar, inebriante, capaz de enternecer a uma pedra ou enlouquecer a uma nuvem. Assim é o amor perfeito. Imperfeito. Sujeito a chuvas e trovoadas, alternando dores e paraíso, completando e abandonando. Cobertor curto.
          As pessoas queimam no auge. Brilham como o sol do meio dia e se mostram poderosas, imbatíveis. De vez em quando passam do ponto, viram insolação, febre, delírio puro. Sobrevivem para desfrutar de uma sequência mais suave, aprazível, em que aprendem a maneira correta para misturar seus desejos e acalmar os seus temores. Vivem como um, sendo dois, a dose certa para alimentar um amor sadio, generoso e pleno, acima de qualquer dúvida que abale os alicerces de uma vida bem construída.
          Eis que entardecem. Com o toque certo de melancolia e pensamentos que restauram o calor de uma época jovem e pretensiosa...
          Quando entardecem os amores se perpetuam de alguma forma, inseridos no panteão das lendas que inspiram gerações posteriores!
          O amor decantado, discutido, avaliado e imitado sem consequências, sem alcance. Um mero fator de equilíbrio entre o dia e as sombras.
          Até que chegue o momento de contemplar o instante em que as almas irão definitivamente anoitecer.



Marcelo Gomes Melo

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