Eles não sabem da derrocada
A
cura para todas as dores está sempre a dois passos de cada homem cético ou
cidadão de fé. A solução para as finanças quebradas está sempre do outro lado
da proteção de vidro do Banco, guardada por homens armados que jamais comeram
filet mignon.
As promessas alardeadas aos sete mares
ou na calada da noite, solitárias, se espalham ao vento e se perdem para fora
do alcance das vítimas que aguardam como vacas na fila do abate.
Os dias seguem lentos para os que não
raciocinam, apenas carregam a própria carga resignados, e velozes para os que
enxergam a descida acelerada em que as almas estão envolvidas, vendidas até o
âmago em troca de futilidades.
É iminente a derrocada dos crédulos e
a extinção dos incrédulos, ninguém joga com a mesma chance que a banca, são
seres desprezíveis desprezando aos meios que os levariam com coerência ao
caminho da salvação, clones dos fracos e estúpidos determinados a causar o caos
e desaparecer.
A lua cheia testemunha, fria e
insensível a caminhada dos tolos para a total escuridão com suas lanternas
pouco duráveis, sorrindo como idiotas que são, defendendo bandeiras que os
escravizariam ainda mais porque não o sabem. Eles simplesmente não o sabem.
Marcelo Gomes Melo
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