O início da derrocada da sociedade como a conhecemos
Hoje
em dia lhe dizem o que fazer, o que vestir, o que comer, o que repetir, que
remédios tomar, em que acreditar, e você aceita tão facilmente que parece ter
nascido para isso!
Não morde, não late, não contesta, não
pergunta, mal respira. Tem medo de alardear as próprias convicções e sofrer por
isso de tal forma a ser marginalizado.
Você não ousa sorrir ou fazer cara
feia, treina para demonstrar as emoções de um plástico, avilta a própria
existência em nome de um coletivo inexistente, que suga as suas memórias, o seu
bem-estar e a própria boa vontade.
O que se vê são seres perambulando
pelas ruas, perdidos, procurando batalhas que preencham aquele enorme vazio que
nunca se completa e os faz reclamar, sofrer, exigir sem calcar qualquer
argumento que sustente a insatisfação.
As tragédias estão sendo banalizadas
até que a paz deixe de existir e o caos e a violência passem a ser medidos como
algo comum, pelo grau de danos realizados.
É o início da derrocada da sociedade
como a conhecemos, uma rampa deslizante que não promete aos seus membros nada
além de falta de equilíbrio e uma descida veloz para o fundo, sem enxergar de
ambos os lados as aberrações que acontecem continuamente afetando-lhes a vida, o
tempo de vida e o próprio arbítrio.
Marcelo Gomes Melo
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