Palavras ou imagens? O que toca mais ao coração e ao pensamento?
O
que é mais importante, a palavra ou a imagem? A comunicação verbal ou a
comunicação não verbal? Qual delas é a mais completa, necessária,
insubstituível para o desenvolvimento de uma sociedade?
Qual delas pode ser utilizada como uma
arma e qual pode alcançar o mais alto grau de sensibilidade para significar o
mais puro sentimento, seja ele amor, inveja ou ódio?
Como determinar a maior ou menor
importância das artes, se palavras transformam-se em poemas vindos do coração
do artista, aperfeiçoados por sua mente insana ou racional, ganhando vida no
papel através de descargas elétricas através do corpo vivo atrelado à caneta
que expele a tinta para, com ordem, eternizar conceitos ou criar polêmicas, e
ainda assim garantir mais caminhos e descobertas importantes, criadas por quem
as lê e desenvolve novas ideias e ideias, numa cadeia infinita de conhecimento
vivaz.
A
arte não verbal confunde ao admirador, o instiga obrigando-o a colocar muito de
si mesmo no que vê; mais do que descobrir o que o autor quis, pensou ou desejou
representar, o importante é imiscuir-se na imagem, fazer parte dela, se
possível, e assim alçar-se a um novo patamar.
Como decidir-se por uma ou por outra?
Ou como juntá-las com precisão cirúrgica, aumentando seus significados e
dimensionando novos níveis de compreensão além da obviedade reinante.
O
filme Palavras e Imagens, com os astros Juliette Binoche e Clive Owen trata
dessa batalha infinita entre ambas linguagens influenciando a vida das pessoas
e provocando os seus instintos mais profundos, seus mais insolúveis problemas.
Superação em doses cavalares e emoção real e verdadeira em conjunção com o que
mais importa: legado. Juventude de aprendendo a pensar por si mesma e a
desenvolver os seus talentos, não importando quais sejam.
Só consigo lidar com palavras e com
entrelinhas; imagens me inquietam e apenas as absorvo sem querer determiná-las
com arrogância. Só consigo me sentir natureza, misturado. Nada mais.
Há quem represente a linguagem não
verbal com talento, formosura e sentimento. Loucura. Fome. E jamais haverá
palavra suficiente para descrever sensações. Um grunhido, talvez. Porque a
simplicidade é perfeita.
Marcelo Gomes Melo
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