Mãos geladas, eu aposto que o respirar enche o ar com gotículas de gelo, e o arfar confere um certo ardor, de perto, de longe, dos pensamentos mais enlouquecedores, em uma esquina a partir da qual não sei para onde ir.
Desmaiar por puro fingimento, garras frias, acessórios para o crime perfeito, se fosse possível resistir à lareira fumegante, à bebida reconfortante às ilusões que permitem que você viva por mais um dia, batendo de frente com as más notícias e a indiferença de quem está ainda pior, lutando através de trapaças. Mãos geladas.
Marcelo Gomes Melo



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