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    Selo de premiação do blog
           A indicação mais do que generosa da Jussara Tavares, “fera” do blog www.cantinhodajutavares.com muito nos honra com o selo de premiação “The Cracking Chrispmouse Bloggywog Award”, que é mais do que um incentivo aos blogueiros na atividade.

            A ideia do criador do selo é semear alegria, paz, esperança e amor com blog premiando blog e mantendo a corrente de reconhecimento e gentileza. As regras são:
          Mostrar o prêmio recebido.
1-    Divulgar a premiação do Blog com um Post linkando o Blog que o premiou.
2-    Nomear 15 outros blogs para receber o prêmio.
3-    Comentar em cada blog premiado colocando um link para a aquisição do mesmo.
Finalmente, eis os blogs que tenho a honra de indicar para receber o prêmio:
1-    http://www.gideoescangucu.com.br de Antonio Magnus;
2-    http://socuriosidadesedicas.blogspot.com.br de Marco Aurélio Müller;
3-    http://www.panoramamercantil.com.br de Eder Fonseca;
4-    http://www.emagrecerumdesafio.com de Rita de Lima;
6-    http://blogdabethmuniz.blogspot.com de Beth Muniz;
7-    http://rosasevinho.com/ de Aurélio Cesar Stupp;
8-    http://www.curtindoemcasa.blogspot.com.br/ de Alessandra Macedo Bispo;
9-    http://bhmulher.com.br de Lilian;
10- http://sopensandoemmoda.blogspot.com.br/ de Mari Angela Muller;
10-         http://www.ciceromattos.com/ de Cícero Mattos;
11-         http://www.aulasdenutricaoja.com.br/ de Rafael Teixeira;
12-         http://reducaocustos.blogspot.com.br de Ricardo Oliveira Guimarães;
13-         http://danysempre.blogspot.com.br/ de Janete Sales – Dany;
14-         http://maestroelias-cantor.blogspot.com.br de Elias Barboza;
15-         http://twitter.com/SylOficial de Syl.
A todos os indicados o meu agradecimento e honra em segui-los e partilhar notícias. Valeu!
                                Marcelo Gomes Melo

            “Pensar é estar doente dos olhos”


         Defendendo a simplicidade completa, afastando-se de todo e qualquer pensamento filosófico e proclamando-se um antimetafísico, Alberto Caeiro, poeta, heterônimo de Fernando Pessoa, defendia que pensar turva a visão, faz com que a beleza, por ser momentânea, perca-se em sua totalidade, visto que “o pensar” transporta o ser a um universo de difícil compreensão, carregado de metáforas e charadas cuja complexidade afeta a razão.
          Caeiro valoriza as sensações como a única realidade e foca-se na natureza em seus poemas de linguagem simples e familiar, construídos com versos simples. Seu interesse é retratar a realidade de forma visualmente objetiva e natural.
          Sendo um poeta do presente, não se importando com o que já passou ou com que possa vir, utiliza-se da natureza em seus poemas, aproximando-se do neoclassicismo pelo interesse pelo real e natural da vida.
          Como ideologia, o poeta valoriza o sentir, e isso faz com que consiga pregar o viver sem dor, envelhecer sem angústias e desespero no coração e na alma; não procura sentido algum para a vida nem para acontecimento algum no entorno, apenas sentindo, não raciocinando.
          Os versos abaixo de Fernando Pessoa sob o heterônimo de Alberto Caeiro exemplificam a arte e a capacidade do poeta de dissociar-se do que é fruto de pensamentos e filosofias vãs.
          Às vezes, em dias de luz perfeita e exata,
          Em que as cousas têm a realidade que podem ter,
          Pergunto a mim próprio devagar
          Por que sequer atribuo eu
          Beleza às cousas.
 
          Uma flor acaso tem beleza?
          Tem beleza acaso um fruto?
          Não: têm cor e forma
          E existência apenas.
          A beleza é o nome de qualquer cousa que não existe
          Que eu dou às cousas em troca do agrado que me dão.
          Não significa nada.
          Então por que digo eu das cousas: são belas?
 
          Sim, mesmo a mim, que vivo só de viver,
          Invisíveis, vêm ter comigo as mentiras dos homens
          Perante as cousas,
          Perante as cousas que simplesmente existem.
 
          Que difícil ser próprio e não ver senão o visível!


                                       Marcelo Gomes Melo

Para você acreditar que é seu
O sono é inquieto quando penso nas horas, minutos e segundos em que fico acordado, lamentando a ausência de felicidade causada pelas brigas intensas, começadas por nada, continuadas pela capacidade incrível que os apaixonados demonstram de ferir a si próprios, por motivos sombrios que só eles enxergam. Ou por significados criados simplesmente para saber que é possível mexer com a sensibilidade do outro e certificar-se de que o amor é recíproco, quando deveria ser suficiente apenas olhar, no olhar, e perceber.
O sorriso é imenso, quando penso, e vejo coisas que só os apaixonados pensam e veem escondidos nos gestos, incertos, mas únicos, exclusivos, que jamais poderiam ser compartilhados com o mundo! Quase imperceptíveis, no entanto incontestes, personalizados, impossibilitados de ser divididos com as outras pessoas. Esses sim são expressão verdadeira, certeira, primeira, de que é possível acreditar, necessário acreditar, imprescindível acreditar!
Quem vive sem você? Quem sonha, sem você? Apesar da dor, um inevitável sentimento de amor.

 
        Marcelo Gomes Melo



      Luta febril pela supremacia no comércio informal



          A luta pela supremacia das vendas nos faróis está cada vez mais acirrada. A economia informal, antes dominada por garotos de pés sujos, aliciados ou não pelos pais e/ou responsáveis, fazendo pirâmides humanas e equilibrando bastões de madeira e bolas de tênis, como focas amestradas, em troca de algumas moedas, logo foi diversificando o espaço em frente aos automóveis parados, com seus motoristas impacientes para romper o tráfego e chegar ao seu destino. Vendedores de balas, chicletes, chocolates de procedência duvidosa e data de validade ultrapassada... Contratados do marketing inventivo segurando e chacoalhando bandeiras de candidatos a cargos políticos, entregando os mais variados panfletos, desde acupuntura sensorial à macumba para agarrar marido; de produtos sanitários a lançamentos imobiliários e entrega de naftalina em domicílio criaram uma nova paisagem geográfica pelas calçadas e praças das grandes cidades.

          Aos gritos, essas pessoas buscam de alguma forma sobreviver; uns honestamente, outros ingenuamente, outros tentando se aproveitar dos seus semelhantes, assaltando e tirando vidas como se fosse brincadeira.

          A nova classe profissional de catadores de lixo aperfeiçoa seus métodos construindo carrinhos enormes de madeira para juntar mais lixo reciclável e diminuir a sujeira das ruas, substituindo ao governo na responsabilidade e ao próprio povo, que, desprovido de educação colabora para as enchentes e proliferação de doenças.

A última atualização desse comércio informal, no qual não se paga imposto e não se tem décimo terceiro salário nem auxílio médico e dentário, ou possibilidade de frequentar uma escola, pois cada segundo faz a diferença na guerra pela sobrevivência, e a participação de novos atores nesse papel social: o profissional qualificado.

          Sim, senhores da diretoria! Profissionais qualificados, com diploma superior e formação específica em sua área, multilíngues, supostamente preparados para ocupar uma vaga no mercado formal de trabalho hoje enxergam maiores vantagens em se acotovelar lado a lado com crianças sem teto e deficientes físicos nos faróis, buscando o sustento da família!

          Engenheiros vendendo iogurte, jornalistas negociando sorvete, artistas sacoleiros, alfaiates vendendo capinhas de celulares, todos abandonados, e abandonando a área para a qual foram treinados com o intuito de fugir da humilhação do salário irrisório, dos horários torturantes e custo benefício inexistente. Médicos vendendo balas de goma e ervas medicinais, arquitetos instalando calhas e enfermeiras vendendo panos de prato são participantes comuns da informalidade financeira do país. Fugindo de impostos altos e ausência de retorno em melhorias para a população, tratam a qualquer custo manter a cabeça acima da linha d’água, não morrer afogados pela ineficiência do governo.

          São profissionais já experientes alijados de seus postos e jovens recém-saídos da universidade, diplomas à mão e desilusão garantida ou seu dinheiro de volta.

          Quem são os que exercem os empregos no lugar dessa gente? Pessoas desqualificadas, do tipo ex-jogadores de futebol que desconhecem os princípios do jornalismo, desconhecem os princípios da língua portuguesa culta e esbanjam o uso de palavrões em horário nobre, bem como a total falta de conhecimento histórico dos esportes, por exemplo. Seriam esses  os jornalistas esportivos do terceiro milênio?

          Há uma coisa, finalmente, que os une e categoriza, profissionais qualificados e largados à margem da informalidade, e pessoal desqualificado para qualquer coisa, mas apadrinhados, mão de obra barata, talvez; todos já tentaram, cogitam ou tentarão exercer a profissão-pérola do nosso tempo: político profissional.

 
                                Marcelo Gomes Melo

  O império dos lobisomens





 
         Eu sou quieto por natureza. Silencioso por opção. Raramente me envolvo em discussões. Minhas mulheres brigam e eu me calo. Perco sempre. Para a avó mando um beijo, para a mãe um meio sorriso e baixo a cabeça. Quando um sorriso me escapa por entre os lábios não é mais meu, pertence a quem o recebeu.

          Minhas emoções fluem muito bem numa luta de boxe, qualquer esporte na tevê, é quando se torna possível vê-las. Em outras ocasiões deslize a mão em meu braço e poderá percebê-las.

          Esmurro facas do meu jeito, diariamente converto os problemas do mundo numa taça de vinho. É assim que me vingo das dores. Seus lábios quentes e macios as aliviam pra mim constantemente, e procuro em seus olhos minha mortalidade, o saber do que acaba mas nunca esmorece. O que é imortal está contido nos movimentos de seus quadris, e eu não quero mais nada pela eternidade.





          Enquanto o dia clareia respiro fundo e me conformo, dou de ombros ao que é impossível domar. O ardor feminino e seus cabelos, por exemplo.
          Não sou de sonhos, mas caio como um bebê aprendendo a andar, em direção a você.
          Sua força seduz crocodilos, mas quem grita com o mundo através dos olhares, com ombros prontos a suportar desencantos sou eu! Meu coração é lycan, minhas garras pura pose e seu perfume inebria meu ceticismo galante.
          Me surpreenderam dizendo que hoje é “Dia do homem”. Para vender mais desodorante e mais cerveja gelada, talvez. Sussurraram com um ar  Monalisa à guisa de explicação, ou gozação, que todo 15 de julho, por razões filosóficas, religiosas, míticas, químicas ou científicas convencionou-se defender os direitos masculinos, iniciativa da Ordem Nacional dos Escritores, desde 1992. Marte representa a nós, homens, e na mitologia grega o seu símbolo traduz masculinidade.
          Eu lhe repito, entretanto, que só sei ser homem, nada mais. Seja meu prêmio, mulher, e a vida continuará, com perfume de flor.

 

 
 
            Marcelo Gomes Melo



           Beleza é passageira; feiura é perene!




         Tenha em sua mente que toda e qualquer manifestação de beleza é efêmera e leva a muitos de seus possuidores buscarem, de alguma maneira eternizá-la, reconstruí-la e aperfeiçoá-la permanentemente, escravizando a si mesmos por algo que não ficará para sempre. Não da maneira padronizada que esperam.
          Fazer da beleza padrão, aceita e difundida em sociedade como a ideal, a razão de viver e sobreviver profissionalmente, cavar espaços e adquirir status não é inteligente. Vive-se uma época sem consciência do que é pessoal, individual, para expor o individualismo material, trocando o particular pela fama superficial e dinheiro imediato no bolso. Depois angústia e tristeza.
          A beleza externa dita regras e muda conceitos, muitas vezes por obrigação, e pessoas deformam a si mesmas na intenção de se tornar um mero clone, uma casca desprovida de conteúdo, governadas pela mídia e iludidas por pesadelos travestidos de sonhos.
          Saiba, entretanto, caro adepto do espelho como norteador de seu tempo, que a beleza não morre, adapta-se. Transforma-se com o tempo, inexorável. Acrescenta nuvens aos cabelos, marcas à alma e cicatrizes ao corpo. Mas não some completamente, envolve-se em dignidade comovente, desde que se conquiste com glória e merecimento.
 
           Já a feiura é intrínseca. O feio já sabe que não vai mudar, permanecerá o mesmo para sempre. Em ocasiões especiais, à custa de acessórios conseguirá disfarçá-la, enganá-la de todos por momentos, antes de retornar à base do horripilante peculiar.
          O filhote de batida de trem com explosão nuclear é premiado com a felicidade pura, com as conquistas sinceras. Jamais duvidará do motivo de suas vitórias. A probabilidade de cultivar em si mesmo diversas outras qualidades como simpatia, inteligência, carisma e competência é maior, porque teoricamente a beleza hipnotiza seu dono e centraliza a energia, impedindo o recebimento de qualidades mais importantes.
          No decorrer da vida a feiura se transforma, como a beleza; mas, fiel, acompanha o seu carregador para sempre. Suaviza-se enquanto aprofunda-se criando marcas de expressão, arraiga-se na personalidade do horrível e lhe permite pensar em coisas melhores, fazer coisas mais importantes, viver em sua totalidade.
          Ser feio é distribuir a beleza em partes generosas pelo resto da humanidade com bondade e desprendimento.
          Ei, essa é apenas mais uma filosofia de mesa de bar, madrugada paulista regada a sorrisos e cervejas, enquanto a “gringaiada” circula com fogo nas entranhas. Não se apegue ao que não corresponde fielmente à realidade. Ainda mais porque a beleza está nos olhos de quem observa, e na quantidade de copos foi esvaziada.
 

                                              Marcelo Gomes Melo

As luzes


Ela sorri como se me conhecesse mais do que eu!

Por trás daquele sorriso há um mundo de inquietações

Que ela guarda consigo

Nunca me diz, e ainda assim, de vez em quando, eu sei...

Acho que sei, para no momento seguinte duvidar do que existe

Ah, a crueldade infinita que acomete aos que se defendem!

Ela me olha e eu penso, punhal enterrado no peito,

Será que ela me vê?

Alma feroz, pairando sobre a alma dela, a minha!

Será que ela sabe, será que tem paciência?

O olhar viaja mais rápido que a navalha.

Mas se ela se entrega, o mundo é perfeito.

 
Marcelo Gomes Melo

Para ler e refletir

A lapa voluptuosa

  Era uma lapa de bife de uns cinco quilos, sem mentira nenhuma! Estava lá, exposto para quem quisesse ver e desejar, rosado, fresco, maci...

Expandindo o pensamento