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Para conhecer a alguém profundamente é preciso agir com suavidade



          Não me venha com meras expectativas, nem pense que sentimentos simplórios, fabricados pela necessidade momentânea satisfazem a corpos e almas completamente. O que acontece é que os amantes lidam com as próprias expectativas como se fossem as do outro, e tomam decisões baseando-se no que gostariam de ter para si, e não verdadeiramente no que a pessoa amada deseja para sentir-se feliz.

          Falar em fazer feliz não é considerar realmente os caminhos do ser amado para encontrar a felicidade. Geralmente acredita-se que fazer a alguém feliz é fazer-se feliz a si próprio, o que está longe da realidade. É preciso sacrifício para fazer a alguém feliz! E sacrifício é arte. Não quer dizer que ao fazer a alguém feliz, automaticamente se alcança a felicidade, Isso exige estoicismo. Suportar a própria infelicidade e o próprio sofrimento, aceitando-os como requisito para a felicidade de outra pessoa é mágica. Quem pode ser apontado com esse dom? Jesus Cristo não vale, é óbvio.

          A construção da felicidade se dá passo a passo, como caminhar por um labirinto no escuro, confiando apenas no tato, e em algum momento, em alguém como guia. E essa posição se alterna, a seu tempo. Criar mecanismos que possibilitem felicidade compartilhada é a técnica, a grande sacada.

          É preciso lembrar, infelizmente, que os seres humanos, quando conseguem tal raridade, são mestres em destruir rapidamente esse estado de amor impregnado, através de todos os questionamentos. A necessidade irrisória de questionar os porquês desse sentimento superior, criando senões que se transformarão em dúvidas e em seguida ausência dessa sensação maravilhosa.

          Para minimizar o equívoco as pessoas deveriam se policiar constantemente, procurando conhecer umas às outras nos mínimos detalhes. Não com desespero, impulsivamente; mas de maneira cuidadosa, sutil, respeitosa. Ajudando-se a suplantar medos com olhares de confiança; conversando entre multidões com olhares silenciosos, misturando a fé implícita nos toques suaves. Provavelmente essas sejam fagulhas que propiciem conhecimento mútuo, e esse conhecimento traga a felicidade indiscutível, plena, insofismável.

          Como diz a canção: para conhecer a alguém profundamente é necessário agir com suavidade.
 
                                              Marcelo Gomes Melo
 
 


                 Grândola, Vila Morena
 


 

       Grândola, vila morena

       Terra da fraternidade

      O povo é quem mais ordena

      Dentro de ti, ó cidade

      Dentro de ti, ó cidade

     O povo é quem mais ordena

     Terra da fraternidade

     Grândola, vila morena

     Em cada esquina um amigo

     Em cada rosto igualdade

    Grândola, vila morena

    Terra da fraternidade

    Terra da fraternidade

    Grândola, vila morena

              Em cada rosto igualdade

  O povo é quem mais ordena

  À sombra duma azinheira

 Que já não sabia sua idade

 Jurei ter por companheira

Grândola a tua vontade

Grândola a tua vontade

Jurei ter por companheira

À sombra duma azinheira

Que já não sabia sua idade

 

            Senha para o início da Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 1974, a canção de Zeca Afonso tornou-se um marco da revolução e democracia portuguesa.

                                       

                                                     Marcelo Gomes Melo
 
 


                                   O dia da Terra
 

          O dia da Terra cria mais um dos inúmeros alertas para a forma como o planeta vem sendo tratado pelos seus maiores usuários, os seres humanos.

          Os cientistas não cansam de apontar os problemas causados pela população que afetam diretamente o seu habitat, e acabará causando um colapso crucial que determina a extinção da raça.

          Nós, humanos, não somos os donos da Terra. Somos apenas mais um dos moradores que se beneficiam das riquezas naturais para sobreviver, e das inúmeras maravilhas para alimentar nossas almas. O problema é que somos os únicos dos habitantes a modificar a natureza, supostamente em nome da evolução. Somos os que cuidam pessimamente da matéria prima que nos permite sobreviver. Somos os desleixados que poluem o mesmo ambiente em que convivemos e utilizamos os recursos sem parcimônia. Somos os criadores da palavra de ordem que nos define: destruição.

          Muitos desacreditam na possibilidade de extinção da humanidade aventada diversas vezes em periódicos científicos especializados e em portais de notícias, jornais e revistas populares, talvez por não considerar a mídia mundial séria, vivendo em busca de polêmicas vazias em troca de publicidade e lucro.

 

          O que salta aos olhos, quer queiramos ou não, são os rombos na camada de ozônio que protege a Terra, causados pelo desmatamento voraz; o desequilíbrio climático, a escassez de água potável, ausência de chuva, poluição nos mares e nos ares, superpopulação, queimadas desenfreadas, terremotos, erupções vulcânicas, maremotos... E esses acontecimentos são uma ameaça real à vida, humana ou não.
          Sinal dos tempos, como afirmam os religiosos? Descompensação e falta de consciência, como dizem os cientistas? Há quem defenda que o planeta tem enorme capacidade de regenerar-se, e que não será ele a acabar, e sim as formas de vida que nele habitam, expurgados como veneno indesejável que deve ser limpo do organismo. Nesse caso, os discursos hipócritas daqueles que não fazem o que pregam que os outros façam, de nada adiantaria, a não ser preencher com zumbidos constantes os ouvidos moucos dos despreocupados.
          Proteger o nosso habitat equivale a proteger a nós mesmos; começa individualmente, mantendo-nos saudáveis, respeitando os limites e economizando os recursos naturais, não abusando de recursos artificiais que oferecem alívio imediato, mas destruição em curto prazo. A Terra agradece.

                                        Marcelo Gomes Melo
 


                          São Paulo é assim...

          São Paulo é assim: solidão até aonde a vista alcança! Uma sinfonia de passos apressados e concentração estoica, ninada por ipods e iphones, sem tempo de pensar na vida. A vida é que tem que pensar na gente. E não pensa.

          Obstáculos a serem vencidos, das distâncias entre os pontos às dificuldades para acessá-las. Concreto cinza cercando almas coloridas circulando entre uma sinfonia de sons, que vão de orações a xingamentos, de sorrisos a sustos, de carinho a terror. E o céu por cima de tudo.

          Cada um parece uma ilha, fechados em seus mundos díspares, mas basta uma simples necessidade de um e logo se descobre a vocação intrínseca de ajudar, mesmo em tempos de desconfiança geral, fruto da impunidade e da propensão de muitos a fazer o errado.

          A garoa tão cantada anda escassa, mas a insônia eterna de cidade que nunca dorme faz jus à fama; por todos os cantos há luzes acesas e produtos à venda, bares e música num festival de sotaques. Metrópole cosmopolita se entendendo por gestos. A população é poesia em movimento.

          Todos reclamam e criticam, se desentendem e a ameaçam, mas ninguém a deixa. Ela acolhe e vicia. Para o bem e para o mal. Quem não a conhece acha feia, mas quando se perde por suas curvas percebe que não há retorno. Encanto puro por linhas tortas.

          Forte e bela a seu jeito. Resistente, gigante, rica e imperfeita. Imperfeita para o mundo, mas perfeita para nós.

 
                                    Marcelo Gomes Melo

      Novo livro: Estratégia dos vencidos


A estratégia dos vencidos?

          Sofrer

          O carma dos vencidos?

          Acreditar

          Não sabem que são os

          Previamente vencidos

          Enterrados na própria esperança

          A arma dos vencidos?

          Aplaudir, aceitar, acatar.

          Abaixar a cabeça

          A alma dos vencidos?

          Chama-se tristeza

          Quem são os vencidos?

          Nós, a maioria.

          Os que não aprenderam a vencer...

 
 

O livro retrata uma sociedade cínica e corrupta na qual pessoas utilizam-se de todos os meios para alcançar o poder irrestrito, e não se importam com o que tal poder possa custar.

Nesse mundo de feras cada um luta com a arma que possuem, enganando, corrompendo, mentindo e se vendendo em nome de um espaço que acompanhe status, dinheiro e uma fatia considerável de poder. O fanatismo tem diversas capas e as necessidades, por mais absurdas que pareçam precisam ser satisfeitas.

Os personagens são Helio Rocha Neto, empresário ganancioso e milionário, com um sistema infalível de falcatruas e um plano consistente para perpetuar-se definitivamente no poder; Danilo Munhoz, ingênuo representante do povo, herdeiro de um cargo de extremo poder sem nenhuma preparação para isso, mas com ideias mirabolantes de igualdade social, traçando uma estratégia que visava melhorar as condições de vida e de trabalho dos funcionários; e Quincas Saliciano, jovem empresário e sanguessuga classe alta que aprendera todos os truques da velha guarda e acrescentava novos golpes à sua carteira de sócio do poder, jogando todas as fichas que tinha nele mesmo, usando todos os lados em próprio benefício, na busca pelo poder total. A recompensa a que todos almejam: o poder.

Leia e pense: por que a dor é real!

À venda em modelo digital nas livrarias Saraiva e em modelo físico e digital pelo clube de autores.



Marcelo Gomes Melo

                O brasileiro é roubado por todos os lados
 
 

          O tratamento dado ao consumidor reflete a qualidade (ou a falta de) das empresas prestadoras de serviços no país. A propaganda privilegia pontos que atraiam indiscutivelmente ao incauto, vendendo status, prometendo beleza e riqueza, fazendo-o vislumbrar benefícios incontáveis e fazer o impossível para adquirir o produto, mesmo não tendo sequer onde cair morto.

          Feita a compra, a vítima sai toda sorridente e feliz, pronta para utilizar o que lhe disseram iria mudar a sua vida para sempre. E logo ele saberá que essa era a única verdade em tudo propagandeado. Sua vida virará um inferno sem fim, gastando horas ao fone para resolver problemas, conseguir enviar o produto para a autorizada, por que a garantia... Bem, a garantia é feita como faria Jack, o estripador: em partes. A primeira das partes é uma garantia curtíssima, engana trouxa, que dura apenas o trajeto da loja até em casa, não mais que isso. Mas, há um motivo. Criam dificuldades para vender facilidades! Logo o vendedor informa em tom de velada ameaça que é melhor “comprar” a garantia estendida, que dura mais tempo e deixará o bobo alegre tranquilo. Isso quer dizer que, ao adquirir um produto, o consumidor deve sair intranquilo, preocupado mesmo que o produto falhará e ele será enganado.

          Os mafiosos das empresas apregoam a qualidade estética, explicitam a qualidade técnica, demonstram a qualidade dinâmica, seja lá o que for, mas jamais associam tudo isso às necessidades reais do comprador, que, sendo impulsivo, até compulsivo, compra até o que não lhe serve.

          O consumidor instado, convencido, quase obrigado a adquirir todo o tipo de produto, não recebe em contrapartida nenhum tipo de certeza a respeito da real qualidade, durabilidade ou valor do que lhe está sendo empurrado goela abaixo. Nem ele mesmo, comprador, acredita no que está comprando, na veracidade da propaganda ou na honestidade de quem vende, sinal dos tempos em uma sociedade que vive para enganar, levar vantagem em tudo, não importa quem seja a próxima vítima. Um círculo vicioso em que o enganado da vez procura repassar o prejuízo para outro e respira aliviado quando consegue diminuir a própria perda.

          O resultado dessa sacanagem institucionalizada é uma enxurrada de reclamações no PROCON, órgão que procura defender as vítimas das empresas maléficas que subornaram o governo para agir da maneira como agem sem fiscalização, como uma licença oficial para roubar e enganar; o PROCON seria um paliativo para enevoar a visão do idiota surrupiado, algo próximo do bater e assoprar, e nem de longe consegue diminuir as perdas de quem é escorchado diariamente, por todos os ângulos e em todas as negociações.

          Propagandas enganosas são atiradas nas caras crédulas da população anestesiada pela estrela dos marqueteiros cruéis e maldosos, que visam enganar para obter lucro, driblar, faturar a mente dos tolos para fazer com que consumam indiscriminadamente e os faça morder todo o dinheiro possível.

          A partir da venda é outra coisa. Danem-se os compradores! Virem-se e procurem seus direitos! Após a aquisição do produto, o desespero é o limite. Reaver o dinheiro? Talvez, com perdas de tempo, nervosismo, dor de cabeça e reduzido pela inflação. Receber um produto novo e funcionando? Talvez, passado um tempo inacreditável, quando sua esperança e felicidade de utilizar o produto com o qual sonhava se esvaiu completamente e a sensação de derrota institucional reaviva-se a cada olhada para o símbolo e origem de seus problemas.

          O brasileiro é roubado de todos os lados, enganados até não poderem mais, destruídos por devoradores de grana, de sonhos, de almas. Não há solução; assaltarão eternamente!

 
                                         Marcelo Gomes Melo

 

 

                   Agruras da vida ou mau humor elevado à máxima potência

Observando os meus pares seres humanos superficialmente, como um mero exercício de filosofia barata ou falta do que fazer, cheguei à terrível conclusão de que a humanidade encontra-se à beira da extinção.

Não ache que eles, os seres humanos, espinafram os corruptos por quererem o triunfo da honestidade; o fazem apenas por inveja, nociva e nojenta. Na realidade gostariam de estar no lugar dos que corrompem ou adorariam ser corrompidos. Parecem desconhecer leis e regras de convivência e odeiam ou se envergonham de utilizar as palavrinhas mágicas “por favor” e “obrigado”; maravilham-se em derramar sobre os outros seres todas as próprias frustrações e estresse inacabável. Julgam o tempo todo e jamais aceitarão qualquer crítica, por melhor intencionada que seja, enxergando apenas aquele sentimento venenoso que cultivam tão bem.

A humanidade segue indiferente aos que, ingênua ou obstinadamente ainda bradam em nome dos bons costumes, da ordem e da tolerância; esses, os obstinados pela paz, piegas às vezes, assemelham-se a pássaros num milharal, discursando aos quatro ventos enquanto ao redor canalhas queimam!

Não se deve ter escrúpulos em dias de fúria, mastigando o veneno das falhas do povo maldoso, cheio de vícios, invejoso e cruel. Gerações de inúteis agindo como uma poderosa borracha, apagando as conquistas humanas adquiridas com tanto esforço. Hoje há os que querem esmolas, prêmios, suborno, bolsas-qualquer-coisa, mensalões, ao invés de aprender, tornar-se capaz de modificar o mundo para melhor com ações individuais admiráveis, que, úteis para si, acaba refletindo em todos.

As agruras da vida são absolutamente nada se comparadas à monotonia dos descerebrados, à preguiça absurda que os impede de agir, modificar o próprio destino. Ser amparado como um animal abandonado, vivendo de sobras, virou objetivo de vida para grande parte dos terráqueos. A morte é nada. A vida tem o mesmo valor. Eles não existem, ocupam espaço espalhando o veneno da inutilidade, queimando as veias dos que se revoltam, não aceitam, não entendem.

Se você não se inclui dentre esses vampiros de almas que pululam sob os céus, provavelmente faça parte dos mal-humorados e descrentes que, em momentos de extremo cansaço, resolvem escapar do raciocínio comprado pronto, encaixotado e revendido para os que têm medo de expor o que sentem, e chutar o balde de incoerência e incompetência que recolhe os cidadãos passivos e os enterra nas profundezas dos infernos.

Chega de dourar a pílula! O momento é de ação, após infinita era de reflexão. Mesmo que se queira, às vezes, desistir, é necessário permanecer vivo e chutando!

                                Marcelo Gomes Melo
 

        Castelo assombrado: o ambiente escolar não é mais como era antes

Quem frequentou a escola há um bom par de anos não a reconheceria mais, vendo a forma como está hoje em dia, tanto física e estruturalmente quanto no comportamento de seus usuários.

Aquela aura de templo do saber parece ter se perdido, e as pessoas a enxergam mais como um enorme supermercado ou feira livre, pelo ambiente caótico provocado pela inquietude das pessoas que transitam pelos seus corredores e salas, assombrando castelos.

Inquietude é algo bom para jovens sedentos, à procura de uma fonte incessante de conhecimentos, principalmente em um ambiente supostamente preparado para fomentar a pesquisa. Mas, e a inquietude ruim? Aquela carregada de desmotivação, de quem não sabe a razão de estar ali, a não ser para dar vazão aos instintos nocivos de destruição, autodestruição e desprezo por regras e normas de convivência?

Os espaços físicos melhoraram. Há mais espaço e qualidade, salas iluminadas, salvo as exceções de praxe e diversas opções extraclasse para que se exerça a ação de aprender, de produzir, formar opinião. Mas, e quando o excesso de ferramentas disponíveis causa ainda mais problemas e confusão, sendo pessimamente utilizadas? O uso simultâneo tira o objetivo central e expõe a falta de limites aos exageros comuns à idade.

O comportamento dos jovens é outro. A noção de rebeldia foi inteiramente modificada para pior, dentro dos parâmetros aceitáveis, fruto, talvez, do caos social vivido atualmente, com o descontrole da mídia produzindo lixo em troca de dinheiro, e a publicidade incitando o consumo a qualquer custo, mesmo sem ter como pagar o que se consome.

O ambiente escolar adquiriu contornos estranhos, com teses radicais se opondo às liberdades e intenções retrógradas atravancando às progressistas. No meio de tudo isso se perdeu o ajuste, a sintonia fina que permitiria alcançar o equilíbrio tão sonhado.

Fala-se em motivação quando se deveria pensar em obrigação; exaltam-se os direitos quando seria imprescindível marcar os deveres. Defende-se que o ensino deve misturar-se às pantomimas e brincadeiras, tornando-se algo lúdico e aparentemente sem valor, quando pantomimas e brincadeiras são apenas acessórios para ensinar e não a definição formal de ensino.

Hoje a visão é de que a escola é um shopping Center que deve oferecer facilidades aos alunos, ao invés de criar obstáculos pertinentes para que sejam transpostos por eles, ajudando a formar o caráter e o conhecimento formal, aprontando-os para a vida em sociedade.

A arte está em alcançar a mistura ideal que possibilite o retorno da respeitabilidade escolar. Que seja novamente um templo dedicado à formação moral e intelectual, e não brinquedo nas mãos de pseudo políticos educadores irresponsáveis e de mágicos da publicidade, que modificam o cerne do ensinar e do aprender por mero modernismo.

 
                                       Marcelo Gomes Melo
 

Para ler e refletir

A lapa voluptuosa

  Era uma lapa de bife de uns cinco quilos, sem mentira nenhuma! Estava lá, exposto para quem quisesse ver e desejar, rosado, fresco, maci...

Expandindo o pensamento